Testemunhar Sobre Cristo: O Plano do Espírito ao Povo de Deus

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Uma das grandes obras do Espírito é trazer revelação aos líderes do povo de Deus na História Redentiva, culminando nas Sagradas Escrituras que foram escritas por inspiração do Espírito Santo.

Mas o Espírito Santo também deu a alguns desses mesmos líderes capacitação especial além da revelação direta. Por exemplo, o Antigo Testamento descreve o Espírito Santo “sobre” Moisés e os anciãos de Israel, Josué, Gideão, Sansão, e profetas como Elias e Miquéias. Igualmente, esteve de forma singular sobre os reis de Israel, Saul e Davi.

Unção Teocrática

Esta capacitação do Espírito deu aos indivíduos uma variedade de habilidades especiais, principalmente paraliderar o povo de Deus. É por isso que essa capacitação especial é às vezes chamada de “unção teocrática”. Na verdade, muitas vezes a própria profecia é um sinal de que esses indivíduos foram escolhidos e capacitados pelo Espírito para exercer tal liderança.

Por exemplo, como governante de Israel (Atos 7:35), Moisés tinha uma unção especial do Espírito (Nm 11:17). Deus confirmou essa unção na libertação do povo quando transformou o cajado de Moisés em uma cobra (Êx 40:30-31). Mais tarde, Moisés “tomou um pouco do Espírito que estava sobre ele e colocou sobre os setenta anciãos. E assim que o Espírito pousou sobre eles, eles profetizaram. Mas não continuaram a fazê-lo” (Nm 11,25). A capacitação especial do Espírito foi para que os presbíteros pudessem “carregar parte do fardo do povo” como governantes ao lado de Moisés, e eles profetizaram como confirmação de que deveriam liderar.

Essa liderança passou para Josué como sucessor de Moisés, que então é descrito como “cheio do Espírito de sabedoria, porque Moisés impôs as mãos sobre ele” (Dt 34:9). Deus disse especificamente a Josué: “Assim como fui com Moisés, serei com você” (João 1:56). E Deus confirmou a liderança do povo por Josué com a travessia do rio Jordão (Jo 4), um milagre sobrenatural que lembra o milagre de Moisés ao cruzar o Mar Vermelho (Êx 14:31). O resultado foi que Josué foi confirmado como governante do povo: “Naquele dia o Senhor exaltou Josué à vista de todo o Israel, e eles o temeram, assim como tinham temido a Moisés, todos os dias de seu reinado.” (Josué 4:14).

Quatro juízes de Israel são descritos com unção especial do Espírito: Otniel (Jz 3:10), Gideão (Jz 6:34), Jefté (Jz 11:29) e Sansão (Jz 15:14). Não é exagero presumir que esta unção teocrática veio sobre todos os juízes que Deus designou como líderes do seu povo.

Quando a liderança de Israel mudou para uma monarquia, o mesmo aconteceu com a unção teocrática do Espírito. Depois que Samuel ungiu Saul como rei de Israel (1Sm 10:1), “o Espírito de Deus se apoderou dele, e ele profetizou” (1Sm 10:10). O mesmo aconteceu mais tarde com Davi: “Então Samuel tomou o chifre com óleo e o ungiu no meio de seus irmãos. E o Espírito do Senhor se apoderou de Davi daquele dia em diante” (1 Samuel 16:13). Igualmente, a oração de Salomão por sabedoria foi, na verdade, um pedido para a mesma capacitação especial do Espírito (1 Reis 3:9). O primeiro resultado foi sua capacidade de julgar sabiamente o caso das duas mulheres que brigavam pela morte de um de seus bebês. Este exercício de capacitação divina confirmou Salomão como líder do povo de Deus: “E todo o Israel ouviu falar do julgamento que o rei havia proferido e temeram o rei, porque perceberam que a sabedoria de Deus estava nele para fazer justiça. ”(1 Reis 3:28).

Os profetas também parecem ter recebido uma capacitação especial do Espírito, embora talvez isso não fosse necessariamente chamado de unção teocrática, uma vez que não eram governantes. Contudo, o propósito de tal capacitação era semelhante: confirmá-los como mensageiros de Deus. Por exemplo, sabia-se que o Espírito levava Elias a lugares desconhecidos (1 Reis 18:12), e Miquéias declarou sobre si mesmo: “Estou cheio de poder do Espírito do Senhor, justiça e poder” (Miquéias 3.8). Na verdade, como já observamos, a capacitação do Espírito e a revelação divina direta andavam de mãos dadas.

Portanto, esta capacitação foi dada principalmente pelo Espírito para equipar os líderes do povo de Deus, muitas vezes resultando em sabedoria, força física e revelação de Deus para fazer o povo andar de acordo com o plano de dEle. As obras milagrosas realizadas por esses indivíduos, como resultado da unção do Espírito, tinham o propósito de confirmá-los como governantes e mensageiros de Deus diante do povo.

O ato do Espírito Santo nunca foi permanente. O Espírito deixou Sansão depois que Dalila cortou seu cabelo, por exemplo, fazendo com que ele perdesse a sua força especial (Jz 16:20). A ilustração mais notável disso é quando “o Espírito do Senhor retirou-se de Saul” após o seu pecado (1Sm 16:14). Antes disso, Samuel ungiu a Davi como o novo rei de Israel, “e o Espírito do Senhor se apoderou de Davi daquele dia em diante” (1Sm 16:13). Isso também explica porque Davi orou para que Deus não tirasse dele o Espírito Santo depois de seu pecado com Bate-Seba (Sm 51:11). Davi não tinha medo de perder a presença do Espírito de Deus que confirma a salvação – uma vez que somos salvos, nunca perdemos o Espírito nesse sentido (Ef 1:13-14). Em contra partida, o que Davi temia era que o Espírito removesse a unção especial que lhe foi dada como rei de Israel.

Esta capacitação especial do Espírito é aplicada ocasionalmente a não-crentes. O rei Saul é, obviamente, um exemplo disso. Embora Deus o tenha ungido como rei de Israel e lhe tenha dado uma capacitação especial do Espírito, suas ações revelam que ele não é um verdadeiro seguidor de Yahweh. Da mesma forma, “o Espírito de Deus desceu sobre” Balaão e fez com que abençoasse Israel, embora o desejo de Balaão fosse amaldiçoar Israel (Nm 24:2).

O que fica claro é que a capacitação pelo Espírito não está relacionada com outras obras do Espírito que são dadas aos crentes. Esta capacitação é uma dádiva única dada pelo Espírito aos líderes do povo de Deus e aos profetas para Ele opere o Seu plano entre eles.

Este fato por si só revela a natureza única da capacitação do Espírito – ela não se destina a todos os crentes, nem mesmo apenas àqueles que são especialmente santos. O Espírito capacitou indivíduos específicos que foram especialmente escolhidos por Deus para entregar a sua revelação ou ordenar o povo e o plano de Deus em fases significativas da história da redenção. Fora dessas fases de transição significativas, tal capacitação não é comum e nem necessária.

O Espírito capacitou indivíduos específicos que foram especialmente escolhidos por Deus para entregar a sua revelação ou ordenar o povo e o plano de Deus em fases significativas da história da redenção.

Cheios do Espírito

A profecia do Antigo Testamento também prediz uma capacitação semelhante dada pelo Espírito ao Messias vindouro. Isaías 11:2 profetiza:

E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor.

Esta é a mesma unção teocrática do Espírito dada aos líderes do povo de Deus, especialmente aos reis de Israel.

Não é surpreendente que os primeiros exemplos desta capacitação do Espírito no NT se apliquem especificamente a Jesus Cristo, retratado pela primeira vez quando “o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corporal, como uma pomba”, no seu batismo (Lc 3:22). João Batista declarou mais tarde que Jesus havia recebido “o Espírito sem medida” (Jo 3:34). Notavelmente, Jesus iniciou o seu ministério público em Nazaré quando leu a profecia de Isaías de que o Espírito ungiria o Messias e afirmou ser esse mesmo Ungido (Lc 4:16-21).

Embora o próprio Jesus seja divino, Jesus muitas vezes atribuiu seu poder enquanto esteve na terra ao Espírito Santo. Ele foi levado ao deserto pelo Espírito para ser tentado (Mc 1,12), e retornou à Galiléia “no poder do Espírito” (Lc 4,14). Jesus afirmou que expulsava demônios “pelo Espírito de Deus” (Mt 12:28). E Jesus declara que qualquer um que atribua a Satanás uma de suas obras feitas no poder do Espírito “não será perdoado” (Mt 12:31). Mais tarde, Lucas descreve o ensino de Jesus como “através do Espírito Santo” (Atos 1:2) e observou como “Deus ungiu Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder” (Atos 10:38).

O Espírito Santo também capacitou de forma única outros líderes espirituais importantes no NT, como João Batista, a quem Gabriel prometeu que “seria cheio do Espírito Santo, desde o ventre de sua mãe” (Lc 1:15). Os apóstolos de Cristo também são descritos de forma semelhante. Por exemplo, no Dia de Pentecostes, os apóstolos “foram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2:4). Da mesma forma, depois de terem sofrido perseguição, “todos foram cheios do Espírito Santo e continuaram a anunciar a palavra de Deus com ousadia” (Atos 4:31). Depois que Saulo se converteu no caminho para Damasco, Ananias impôs as mãos sobre ele e Saulo foi “cheio do Espírito Santo” (Atos 9:17, cf. 13:9).

Nestes casos, Lucas descreve esta capacitação especial como “cheio do Espírito Santo”, mas é importante reconhecer a diferença entre o enchimento especial e o tipo de enchimento que Paulo ordena em Efésios 5:18 quando ele admoesta: “sejam cheios” do Espírito.”

Em Lucas e Atos, Lucas usa o termo pimplēmi na voz passiva, em que a gramática indica claramente que o Espírito Santo é o conteúdo do indivíduo cheio do Espírito e que o indivíduo não faz nada para ser cheio. Lucas usa termos diferentes para descrever o tipo de plenitude para todos os crentes. Ele usa o termo plērēs em cinco lugares e plēroō uma vez para designar algo mais geral do Espírito aos discípulos em Atos 13:52, o último termo é o que Paulo declara como uma ordem em Efésios 5:18. Em outras palavras, é importante reconhecer a distinção entre o enchimento mais geral do Espírito ordenado a todos os crentes (plērēs/plēroō) e o enchimento do Espírito dado aos principais líderes do povo de Deus para capacitá-los em seu papel (pimplēmi).

Organizando o Povo de Deus

A capacitação de líderes individuais para um serviço especial tinha como objetivo final pôr em ordem o plano redentor de Deus tanto em Israel como na igreja. Isto é verdade para Moisés e os anciãos de Israel. Como observa Sinclair Ferguson:

Assim como o Espírito produziu ordem e propósito a partir da “matéria” primitiva criada, sem forma e vazia (Gn 1:2), também, quando a nação era recém-nascida, mas permanecia em perigo de caos social, o Espírito de Deus operou criativamente para produzir o direito, governo, ordem e direção entre os refugiados do Egito.

Isto também é verdade para a capacitação dos apóstolos na igreja primitiva, dotando-os com as habilidades necessárias para espalhar rapidamente a mensagem do evangelho além de Jerusalém “até os confins da terra” (Atos 1:8) e estabelecer firmemente a doutrina e prática da igreja primitiva (2Co 12:12, Hb 2:4). Paulo afirma claramente em Efésios 2:20 que os apóstolos e profetas, esses indivíduos especialmente capacitados pelo Espírito Santo, desempenharam uma função única como fundamento da igreja. O Espírito estava inaugurando uma nova era no plano redentor de Deus. Depois que a igreja foi organizada, o Espírito não tinha mais motivos para capacitar ninguém dessa forma.

Portanto, embora seja correto dizer que o Espírito Santo capacitou indivíduos de formas extraordinárias, isso era raro, destinavam-se especificamente a líderes-chave do povo de Deus e a sua função era organizar os propósitos de Deus na história humana. Concentrar-se nos relativamente poucos casos na história bíblica de obras extraordinárias do Espírito Santo e extrair deles uma teologia de atividade regular não leva em conta o propósito dessas obras no plano abrangente de Deus.

Testemunhando Sobre Cristo

Um dos problemas, no que se refere a obra do Espírito na história como uma capacitação especial, é se concentrar apenas em atos individuais, falhando em reconhecer como cada ato do Espírito funciona no âmbito mais amplo do plano redentor de Deus. É por isso que é importante reconhecer a obra do Espírito como a de trazer ordem e conclusão ao plano de Deus. Isto é verdade para a criação, revelação e capacitação: Eles são conjuntamente uma execução do plano eterno de Deus.

Em última análise, o plano de Deus é trazer glória a si mesmo através da criação de seu reino na terra, governado pelo homem feito à sua imagem. O Espírito colocou este plano em execução ao criar o reino terrestre para o homem habitar e governar. Visto que Adão falhou neste papel de rei, o plano de Deus também incluía o envio de um Segundo Adão que teria sucesso onde o Primeiro Adão falhou e redimiria uma humanidade que governaria e reinaria. O Espírito também trouxe ordem a essa parte do plano de Deus através da concepção virginal do Filho.

A revelação dada pelo Espírito a indivíduos específicos ao longo da história e, em última análise, inscrita nos sessenta e seis livros da Bíblia também estava inerentemente ligada a este propósito abrangente: Através da revelação dada pelo Espírito, Deus estabeleceu alianças com o seu povo pelas quais Ele executaria Seu plano, ele ordenou que Israel se tornasse uma nação que guardaria as alianças, traria o Messias, ou seja, sobre o Rei que viria.

E a capacitação de indivíduos-chave, especialmente a unção teocrática dos governantes do seu povo, foi também a forma como o Espírito levou adiante o plano de Deus para trazer o Rei-Redentor perfeito. Esta obra culminou na unção do próprio Messias e na capacitação dos seus apóstolos para testemunharem dele até aos confins da terra.

A obra do Espírito para trazer ordem e conclusão a esse plano tem que ver, em última análise, com o testemunho do Messias Ungido. Em tudo o que ele faz, desde trazer harmonia ao mundo, revelar o plano de Deus, ou capacitar os líderes de Deus, o Espírito aponta para Cristo.

A obra do Espírito para trazer ordem e conclusão a esse plano tem que ver, em última análise, com o testemunho do Messias Ungido. Em tudo o que ele faz, desde trazer harmonia ao mundo, revelar o plano de Deus, ou capacitar os líderes de Deus, o Espírito aponta para Cristo. O Espírito não realiza a sua obra ao acaso, independentemente do plano de Deus, ou para chamar a atenção para si. A obra do Espírito sempre leva ao estabelecimento e reconhecimento de Cristo, o Rei, sobre toda a terra.

O próprio Jesus descreve o papel do Espírito desta forma:

¹² Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
¹³ Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.
¹⁴ Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.
¹⁵ Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. (João 16:12-15).

Observe o que Cristo diz: o Espírito o glorificará. A revelação do Espírito é a verdade que testifica de Cristo: “Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo, não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade”. (1 João 5:6).

O que Cristo diz sobre o papel único do Espírito nesta época também era verdade no Antigo Testamento. Novamente, toda a unção teocrática única moveu-se em direção à unção final do Rei Messiânico. Mais significativamente, as Escrituras que Ele inspirou testificam de Cristo (Jo 5:46).

Além disso, a obra do Espírito na salvação, santificação, dádiva e adoração tem tudo que ver com submeter Seu povo a Cristo como Rei, seja conformado-o à imagem de Cristo, edificando o seu corpo e o adorando corretamente. Estas obras executam o plano de Deus em meio ao Seu povo.

Deus, o Pai, tem um plano eterno, Deus, o Filho, realizou os meios para que esse plano fosse cumprido, e Deus, o Espírito, completa e aperfeiçoa esse plano diretamente no mundo. Trazer harmonia à criação, revelar o plano de Deus ao seu povo e dar poder especial a líderes do povo de Deus em pontos significativos da execução, tudo transpassa o Espírito que organiza o plano do Pai.

Trazer harmonia à criação, revelar o plano de Deus ao seu povo e dar poder especial a líderes do povo de Deus em pontos significativos da execução , tudo transpassa o Espírito que organiza o plano do Pai.

Confie em Cristo

Quando compreendemos verdadeiramente o propósito do Espírito Santo em capacitar indivíduos ao longo da história, isso deveria levar-nos a uma conclusão inequívoca: o Espírito Santo de Deus quer que confiemos em Cristo. Tudo o que Ele fez para ordenar o plano de Deus através de uma capacitação especial levou ao Ungido, Jesus, o Messias.

O fato de o Espírito Santo ter capacitado alguns indivíduos na História não deve fazer-nos desejar o mesmo tipo de capacitação, fazer isso é uma evidência de que não entendemos o propósito do Espírito. Confie nEle que veio na linhagem dos reis ungidos, o Único profeta capacitado pelo Espírito predito. Aquele para quem o Espírito encheu João Batista para prepará-lo, aquele de quem os apóstolos foram capacitados para testemunhar: Jesus Cristo.

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Scott Aniol | Brasil

Scott Aniol, PHD, é o vice presidente executivo e o editor chefe do ministério G3. Ele é palestrante internacional, atuando em diversas igrejas, conferencias, faculdades, e seminários. Scott já escreveu diversos livros e dezenas de artigos.

Você pode saber mais a respeito dele em www.scottaniol.com Scott e sua esposa, Becky, tem quatro filhos. Caleb, kate, Christopher e Caroline.