Mentiras Sobre a Masculinidade

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Esse Mundo é mentiroso. Estamos constantemente sendo atacados pela engano. Muitas vezes é difícil discernir entre a verdade e boato. Os homens não estão imunes ao ataque. Os servos piedosos devem tomar cuidado com duas mentiras modernas que são expostas diante de seus olhos e, infelizmente, muitas vezes abraçadas pelos que invocam o nome do Senhor.

Masculinidade não é toxica

Uma das afirmações da nossa cultura é que a masculinidade é tóxica. Onda após onda do movimento feminista levou muitas pessoas a acreditar que a masculinidade é tóxica e, portanto, prejudicial para a nossa sociedade como um todo.

No princípio, Deus criou o homem e a mulher no Jardim. No bom paraíso de Deus, Adão é masculino e trabalha na terra. Ele deve sustentar e proteger sua esposa Eva. Essas são qualidades e características másculas anteriores a queda. Como o trabalho precede os frutos, a masculinidade precede o pecado original.

Como o trabalho precede os frutos, a masculinidade precede o pecado original.

Nós vivemos em uma época de homens fracos e mulheres confusas que procuram feminizar tudo – incluindo a masculinidade. Podemos ver essa agenda em desenhos como Scooby-Doo onde é apresentada às crianças uma cartilha do movimento LGBTQA+ e feminista. Se você pensava que o desenho animado era sobre a vida de quatro adolescentes e um cachorro falante resolvendo mistérios, melhor assistir de novo! Em um episódio do desenho animado “Mystery Incorporated”(no Brasil Scooby-Doo! Mistério, S/A.) Velma descreve as ações de um homem em específico como “masculinidade tóxica”. Em outro episódio, Fred é retratado como um homem que está recuperando o juízo em relação à sua virilidade e só “desperta” quando Scooby canta uma música para ele. Desenhos animados falando sobre masculinidade tóxica para crianças é algo comum em nossos dias e um meio de lavagem cerebral e discipulado cultural.

Os homens que lideram e as mulheres que se submetem a uma liderança masculina robusta não devem ser vistos como uma família opressora. As mulheres cristãs mais fortes e capacitadas sentem-se mais seguras e livres para usar os seus dons na vida da igreja quando lideradas por homens igualmente fortes. Servos que levam a vida cristã comunitária seriamente. O movimento feminista perpetua a mentira de que liberta as mulheres, quando na realidade as leva a escravidão. Se você olhar para o Mundo, verá que os lugares onde as mulheres são mais livres é onde o evangelho se enraizou. O fruto do cristianismo resulta em uma liderança masculina (patriarcal) que prevalece na esfera do lar, da igreja , e cultura.

Os homens que lideram e as mulheres que se submetem a uma liderança masculina robusta não devem ser vistos como uma família opressora

Owen Strachan escreve o seguinte em seu livro The War on Men (A Guerra dos homens):

Aqui está a verdade: estamos de fato em guerra. A grande vitória que buscamos está adiante, mesmo que invisível. Tal como fez há muito tempo, o adversário ainda luta para derrubar os homens – chamados por Deus para a liderança no lar, na igreja e na sociedade. O espírito do anticristo fala hoje através de muitos meios de comunicação e influenciadores, exigindo que eles recuem, que aceitem a verdade da sua “toxicidade” inerente, que abracem a feminilidade e abandonem a sua agressividade inata. Tragicamente, muitos homens se sujeitam. Antigamente, eles tinham um papel a desempenhar; antes, eles eram ousados ​​e corajosos; uma vez, eles usavam a sua autoridade com amor. Mas não mais. Agora, os homens tornaram-se, em usa maioria, efeminados.

Estamos em guerra, de fato. A batalha não é contra carne e sangue. É uma luta espiritual. Entretanto, esta guerra espiritual resulta em realidades práticas no Mundo. Isto é verdade no que diz respeito à política e à saúde da família. O objetivo dos homens cristãos não é a fraqueza, mas a mansidão. O objetivo não é uma mera masculinidade robusta. Você pode ser faixa preta em Jiu-Jitsu, conseguir levantar muito peso no supino, escalar uma montanha, esfolar um cervo e atirar com armas classe C como um exímio atirador, mas se você não sabe como liderar sua esposa e adorná-la física e espiritualmente — você não é um homem biblicamente maduro. Esse é o objetivo da vida cristã.

Homens choram

Uma das mentiras que os homens muitas vezes acreditam, que advém de uma cultura secular que nega a Deus, é a ideia de que homens fortes, que personificam a masculinidade verdadeira, não choram. Isso não é verdade no que diz respeito a homens piedosos. Devemos olhar para a hombridade através das lentes das Escrituras para ver a verdadeira definição de masculinidade bíblica. Embora seja necessário que os homens resistam à influência cultural que insiste na fraqueza e na feminilidade, os homens também devem ser guiados pelo Espírito de Deus, o que por vezes resulta em lágrimas.

Choro de Alegria

Quando foi a última vez que você chorou por causa da verdade do Evangelho? Em seu livro: “Sinais e Caráter de um Homem de Deus”, Thomas Watson observa:

Certa vez conheci um homem santo, que estava passeando em seu jardim e derramava muitas lágrimas, quando seu amigo veio até ele e perguntou porquê chorava. Ele irrompeu nesta expressão patética: – “Oh, o amor de Cristo! Oh. O amor de Cristo!

É verdade que homens não são iguais e que não devemos abraçar extremos. Um verdadeiro homem piedoso será movido por ondas sinceras de alegria que podem resultar em lágrimas quando a altura, a profundidade e a largura do amor de Deus são levadas em consideração.

Um verdadeiro homem piedoso será movido por ondas sinceras de alegria que podem resultar em lágrimas quando a altura, a profundidade e a largura do amor de Deus são levadas em consideração.

Choro de Tristeza

Quando eu era menino, as crianças da igreja ganhavam uma viagem de verão se memorizassem um versículo das Escrituras e o recitassem. Parecia simples, mas eu era um jovem não convertido que ia à igreja com meus avós no domingo por obrigação. Enquanto as crianças estavam recitando Gênesis 1:1, foi anunciado que teríamos a chance de escolher outro versículo. Eu me esforcei para encontrar o versículo mais curto para memorizar rapidamente. Escolhi João 11:35, “Jesus chorou”.

Por mais curto que seja esse versículo, ele está repleto de verdades sobre a natureza humana de Jesus. Na sua encarnação, Jesus ficou triste e pesado pela morte de seu amado amigo Lázaro. Deveríamos ver no Mestre a verdade de que chorar não é fraqueza e nem pecado. Quando passamos por períodos de luto, como a morte de um ente querido, chorar é uma resposta aceitável e uma demonstração adequada de tristeza – mesmo para homens fortes.

Choro pela Convicção de Pecado

Ao lermos e examinarmos as Escrituras, descobrimos que os homens choram quando são confrontados contra a sua própria pecaminosidade. Embora devamos resistir à ideia de sermos excessivamente sensíveis e chorarmos fácilmente, também devemos contrariar à percepção de que somos calejados e indiferentes à nossa natureza caída. Paulo lutou contra isso em Romanos 6-8 ao observar suas próprias lutas no corpo do pecado (Rm 6:6).

Quando Jesus profetizou que Pedro o negaria três vezes antes que o galo cantasse, Pedro negou. No entanto, após a prisão de Jesus, Pedro teve oportunidades de ficar ao lado do Mestre, mas ele recusou repetidas vezes. Ao ouvir o galo cantar, lembrou-se das palavras de Jesus, mas o mais importante, ficou e frente com a sua rebelião. Ele podia ver a escuridão de sua carnalidade. Ele podia ver claramente através da neblina que o que Jesus disse se cumpriu. Ele pecou contra seu Senhor e Salvador. Ele havia negado a Cristo. Naquele momento, o texto diz que Pedro “chorou amargamente”.

Devemos resistir ao espírito desta época que busca arrastar os homens para dois tipos diferentes de erro. Um procura enfraquecer os homens ao negar a sua masculinidade, enquanto o outro procura tornar os homens fortes demais ao evitar as lágrimas. Ambos são erros terríveis. Ambas as mentiras são perigosas.

Devemos almejar a piedade masculina em Cristo e nunca pedir desculpas por isso.

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Josh Buice | Brasil

Josh Buice é o fundador do Ministério G3 e serve como pastor na Pray’s Mill Baptist Church (Igreja Batista Moinho de Oração) na zona oeste de Atlanta. Ele ama teologia, pregação, história da Igreja, e é bastante compromissado com a Igreja local. Ele gosta de praticar esportes, como corrida de longas distâncias e costuma caçar nas florestas do país. Ele tem escrito sobre salvação pela Graça desde que estava no seminário e tem atingido um número relevante de leitores com o passar dos anos.