João 14:6 não é teologia de adesivo de para-choque.

Van-Coexist

Se você dirigir pelas ruas de qualquer grande cidade da América (e do Brasil), você vai ver adesivos com frases nos para-choques dos veículos, frases sobre tolerância e inclusão. Na maior parte das vezes a inclusão é tolerância é somente para as outras religiões e não para o cristianismo. Nossa cultura perversa insiste que os cristãos devem tolerar e aceitar outras religiões do Mundo as custas de sua própria doutrina fundamental.

Qualquer estudo sério a respeito de Jesus demonstra que Ele não estava interessado em ecumenismo religioso. Jesus ensinou os seus seguidores que Ele é o único meio de reconciliação para Deus e que distante dEle todos perecerão. Em Lucas 13, Jesus fala aos judeus a respeito de dois desastres que haviam ocorrido em tempos recentes. Em uma cena, alguns galileus estavam em Jerusalém com o propósito de adoração e, enquanto realizavam seus sacrifícios, Pilatos deu ordem para que essas pessoas fossem brutalmente assassinadas. Como resultado, seu próprio sangue foi misturado em seus sacrifícios. Em outra cena, uma torre em Siloé caiu repentinamente, resultando na morte de várias pessoas. Na cultura judaica, a morte trágica repentina era comumente ligada a uma vida pecaminosa.

Qualquer estudo sério a respeito de Jesus demonstra que Ele não estava interessado em ecumenismo religioso. Jesus ensinou os seus seguidores que Ele é o único meio de reconciliação para Deus e que distante dEle todos perecerão

Jesus apontou para essas duas tragédias e fez uma séria declaração. Ele disse: “se não se arrependerem, todos vocês também perecerão” (Lucas 13.3,5). Jesus estava afirmando que aquelas pessoas que morreram em circunstâncias trágicas não eram, de alguma forma, mais merecedoras de morte do que o restante das pessoas da região. Uma vez que o pensamento cultural era associar essas tragédias com o julgamento, Jesus enfatizou o ponto de que a parte do arrependimento genuíno, todos os descrentes perecerão. Eles podem se orgulhar em guardar a Lei ou em um viver moralista, mas após a morte eles se encontrarão debaixo do juízo divino.

A declaração de Jesus foi abrangente e incluiu todos naquelas cidades durante os dias de Jesus, bem como todos que andam na calçada de Nova York ou dirigem pela rodovias de Los Angeles. Jesus negou completamente a ideia de que existem vários caminhos para Deus. Em entrevista à Oprah em 2012, Joel Osteen (pastor neopentecostal americano) afirmou que Jesus era o caminho para Deus, mas passou a sugerir que existem muitos caminhos para Jesus.

OPRAH: Bem. Outra pergunta. Existem muitos caminhos para Deus?

JOEL OSTEEN: Bem, eu acredito que sim Oprah. Eu acho que Jesus é o único caminho para Deus. Entretanto, eu acredito que existam muitos caminhos para Jesus. Sabe, nós nunca sabemos como Jesus se revela para alguém. Então eu não sou do time que exclui pessoas. Jesus se revela a todos.

Agora compare com o que ele disse a Larry King em uma entrevista de 2005, onde Joel Osteen afirmou que as pessoas de outras religiões amam a Deus e que ele não queria excluí-las do pacote da salvação.

KING: E se você for judeu ou muçulmano, e você não aceita a Cristo de jeito nenhum?

OSTEEN: Sabe, eu sou muito cuidadoso ao afirmar sobre quem iria ou não para o céu. Não sei…

KING: Você tem que acreditar em Cristo? Eles estão errados, não estão?

OSTEEN: Bem, não sei se acredito que eles estejam errados. Eu acredito que aqui está o que a Bíblia ensina e a fé cristã é a que eu acredito. Mas eu acho que só Deus pode julgar o coração de uma pessoa. Passei muito tempo na Índia com meu pai. Não sei tudo sobre a religião deles. Mas eu sei que eles amam a Deus. Eu vi a sinceridade deles. Então eu não sei. Eu posso falar de mim, e o que a Bíblia ensina, eu quero ter um relacionamento com Jesus.

Nosso mundo foi destruído por ideologias pós-modernas e despreza qualquer reivindicação de exclusividade e verdade absoluta – especialmente da Bíblia. Nosso mundo atual não tem nenhum problema em pincelar partes das declarações de Jesus que se encaixam perfeitamente em um adesivo de para-choque, mas as reivindicações de exclusividade de Jesus são rejeitadas de todo o seu coração. Nosso mundo está confortavelmente satisfeito com um “sincretismo fácil” como John Stott certa vez o rotulou, ou como Christian Smith definiu as visões religiosas da maioria dos adolescentes em nossos dias, “deísmo terapêutico moralista”. cultura saturada com humanismo secular e pensamento pós-moderno, mas o verdadeiro Jesus, conforme revelado nas Escrituras, exige total submissão de seus seguidores e condena todas as outras religiões do mundo.

Nossa cultura é um caldeirão de várias religiões e visões espiritualistas da vida, mas Jesus tinha uma abordagem muito diferente. Ele deixou bem claro que só há uma maneira de se reconciliar com Deus.

Desde a queda de Adão e Eva, a grande questão sobre a salvação dos pecadores continua a perdurar em nossos dias: “Como pode o homem pecador se reconciliar com Deus?” Muitos caminhos falsos foram traçados ao longo dos tempos que apontam as pessoas para uma visão pluralista da religião que desvia de uma linha rígida de exclusividade. Nossa cultura é um caldeirão de várias religiões e visões espiritualistas da vida, mas Jesus tinha uma abordagem muito diferente. Ele deixou bem claro que só há uma maneira de se reconciliar com Deus.

Jesus assertivamente afirmou que Ele é o caminho da salvação. Em diversas passagens, Ele aponta que é o pão da vida (João 6:35), a luz do mundo (João 8:12), a porta das ovelhas (João 10:19), a videira (João 15:5 ), o Bom Pastor (João 10:11) e a ressurreição e a vida (João 11:25). Em cada uma dessas declarações com “EU SOU”, Jesus revela sua divindade e aponta para o fato de que Ele tem autoridade máxima para salvar os pecadores. Jesus não é um de muitos caminhos, Ele é o único caminho.

Nosso mundo foi destruído por ideologias pós-modernas e despreza qualquer reivindicação de exclusividade e verdade absoluta – especialmente da Bíblia.

A medida que lemos os evangelhos, nós encontramos declarações definitivas da exclusividade de Jesus em sua pregação e ministério de ensino. Como no Sermão do Monte em Mateus 7 por exemplo, Jesus descreve duas portas e dois caminhos. Ele diz:

“Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram” Mateus 7:13-14

Uma porta é estreita e a outra larga. Um caminho é apertado e o outro não. Um caminho leva a vida e o outro à destruição. À medida que Jesus prega este sermão, deve-se notar que Ele não apenas descreve esses dois caminhos, portas e destinos eternos em voz passiva. Ele usa um verbo imperativo ao ordenar a seus ouvintes que entrem na vida eterna. Ele deixa claro que só existe um caminho e nenhuma outra alternativa.

Observe a construção da frase por Jesus em João 14:6. Ele faz uso do artigo definido afirmando que ele é o caminho, a verdade e a vida. Em outras palavras, Jesus não é um dos muitos caminhos para Deus ou uma das muitas verdades à serem consideradas. Jesus é a porta singular para as ovelhas entrarem no descanso de Deus e serem salvas de seu estado de rebelião, marginalidade e julgamento final de Deus (João 10).

A exclusividade de Jesus Cristo é um forte lembrete de Sua autoridade incomparável sobre a morte, o pecado e a condenação eterna. Nenhuma outra figura religiosa fez uma afirmação tão incrível; somente Jesus detém o poder de trazer a salvação aos pecadores culpados. Ao examinarmos sua vida, pregação e, finalmente, sua ressurreição dentre os mortos, somos levados a confiar nessa grande afirmação de Jesus. Devemos reconhecê-Lo por quem Ele é – a única fonte verdadeira de esperança para toda a humanidade. Somente pela fé em Cristo podemos ser libertos do pecado e receber o dom da vida eterna.

Ao ser confrontado com esse claro ensino de Jesus, a pessoa deve ser levada ao arrependimento e confiar em Cristo como Salvador.

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Author Van-Coexist

Josh Buice | Brasil

Josh Buice é o fundador do Ministério G3 e serve como pastor na Pray’s Mill Baptist Church (Igreja Batista Moinho de Oração) na zona oeste de Atlanta. Ele ama teologia, pregação, história da Igreja, e é bastante compromissado com a Igreja local. Ele gosta de praticar esportes, como corrida de longas distâncias e costuma caçar nas florestas do país. Ele tem escrito sobre salvação pela Graça desde que estava no seminário e tem atingido um número relevante de leitores com o passar dos anos.