A Ressureição de Cristo

Paulo Junior

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Apresento a você, querido irmão em Cristo, um breve resumo da ressurreição de Cristo. Confio que este pequeno estudo irá cooperar para o aumento de sua fé e devoção ao Senhor!

Apenas a morte de Cristo não é suficiente para nos salvar, era necessário que ele ressuscitasse.

E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.

1 Coríntios 15:17

O que valida (torna aceitável) a morte de Cristo é sua ressurreição. A ressurreição de Cristo é o “amém” de Deus Pai para com a morte vicária do Senhor Jesus. Quando Cristo satisfez todas as exigências da justiça de Deus, morrendo na cruz, a forma que Deus demonstra sua aceitação de seu sacrifício é ressuscitando seu Filho dos mortos. Esse é o “amém” de Deus à obra de Cristo.

Jesus ressuscitou com um corpo.

Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.

João 20:27

 Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.

Lucas 24:39

Essa porção da revelação bíblica é importantíssima na Cristologia, pois ela atesta que o mesmo corpo em que Jesus ofereceu a Deus sacrifício pleno e substitutivo foi ressuscitado depois de três dias no sepulcro. A afirmação das Escrituras que ele ressuscitou corporalmente confirma que a expiação de Jesus foi recebida por Deus Pai, conduzindo à confirmação de que aquele que dos mortos ressuscitou era plenamente humano e, depois de sua ressurreição, permaneceu sendo humano (com corpo glorificado – veja 1 Coríntios 15) e divino ao mesmo tempo.

Os discípulos não o reconheceram inicialmente, pois ele ressuscitou com um corpo glorificado.

E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito.

Lucas 24:36-37

O corpo no qual Jesus ressuscitou não estava mais sujeito a morte física. Nesse sentido, pode-se dizer que sua ressurreição foi a “primícias” (ou seja, a primeira) de um tipo de ressurreição inaugurado com Jesus: a ressurreição em um corpo imaculável e incorruptível. O espanto dos discípulos confirma que a natureza desse corpo glorificado é superior a do atual corpo humano, revelando a grandeza da nova criação iniciada em Jesus Cristo.

Evidências históricas a favor da ressurreição de Cristo

Os historiadores têm critérios para determinar se é plausível confiar em um livro ou não, como por exemplo:

Os Evangelhos do Novo Testamento (que afirmam a ressurreição de Jesus)

Pergunta:Quem escreveu o livro?

Resposta: Os apóstolos ou seus discípulos, que presenciaram os fatos, foram testemunhas oculares.

Pergunta: Quando foi escrito o livro? Quanto tempo após os fatos ele foi escrito?

Resposta: Escreveram entre 25 a 50 anos depois de ocorridos os fatos. Foi muito pouco tempo depois dos acontecimentos.

Comparando com outros livros sagrados que rivalizaram com o Novo Testamento, temos:

Os Evangelhos Gnósticos

Pergunta:Quem escreveu o livro?

Resposta: Não se sabe sobre a identidade dos autores, pois eles empregaram nomes de pessoas que poderiam ter alguma influência no círculo da Igreja cristã, sem se identificarem verdadeiramente. São os chamados pseudoepígrafos.

Pergunta: Quando foi escrito o livro? Quanto tempo após os fatos ele foi escrito?

Resposta: Escreveram em 400 d.C. Foram quase 4 séculos após o acontecimento dos fatos.

Comparação da quantidade e antiguidade de cópias dos manuscritos antigos

O Novo Testamento possui aproximadamente 5.000 cópias em grego

Mais de 10.000 cópias antigas em outros idiomas (mais de 15.000 cópias).

Qual a importância disso?

Na faculdade de Filosofia, por exemplo, você lê livros de Platão, dos quais existem 7 cópias.

Portanto qual teria mais credibilidade? 7 cópias dos escritos de Platão ou mais de 15.000 cópias antigas do Novo Testamento?

O que ocorre? A cópia que se tem de alguns livros de Platão data de 1.200 anos depois da morte de Platão. Já as que temos do Novo Testamento são de 25 anos depois da morte de Cristo!

Não há um só documento histórico dessa época ou anterior que tenha mais peso histórico do que os escritos do Novo Testamento.

Leia com atenção a seguinte afirmação, de Voddie Baucham: “A Bíblia é um acervo confiável de documentos históricos, escritos por testemunhas oculares, durante a vida de outras testemunhas oculares, e alegam que os seus escritos são de origem divina e não humana”.

Veja abaixo a confirmação dessa afirmação nos textos bíblicos de 3 escritores diferentes (Lucas, João e Paulo), que escreveram em anos diferentes e locais diferentes, mas com a mesma sustentação de que seus escritos foram de coisas que viram e ouviram de primeira mão.

Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos fatos que se cumpriram entre nós, conforme nos foram transmitidos por aqueles que desde o início foram testemunhas oculares e servos da palavra. Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente, desde o começo, e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo Teófilo, para que tenhas a certeza das coisas que te foram ensinadas.

Lucas 1:1-4

O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam — isto proclamamos a respeito da Palavra da vida. A vida se manifestou; nós a vimos e dela testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada. Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco.

1 João 1:1-3

Foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive.

1 Coríntios 15:4-6

A Tumba Vazia

Para aqueles que negam a ressurreição de Cristo, a tumba vazia aparece como forte evidência da veracidade de sua ressurreição. Seu sepulcro estar vazio indica a ausência – no sentido de não ser localizado – do corpo de Jesus, pois se a ressurreição fosse uma mentira bastava que as autoridades romanas e judaicas mostrassem o corpo de Jesus ao público, para assim desmentir a ressureição. Fato é que ninguém encontrou o corpo ou qualquer vestígio dele até hoje, 2.000 anos depois!

A tumba segue vazia, testemunhando da ressurreição!

Testemunho das Mulheres

Na Antiguidade não se dava muito crédito às mulheres, de maneira que não se dava concedia validade ao seu testemunho! O historiador judaico Flávio Joséfo disse, em seus escritos, que não podia se acreditar nas mulheres, porque eram muito emocionais.

O que ocorre é que os Evangelhos narram Jesus ressuscitando e as primeiras pessoas às quais ele aparece são mulheres. As primeiras pessoas a testemunharem da ressureição de Cristo são as mulheres!

Se a ressurreição fosse uma mentira, porque os autores dos Evangelhos utilizariam como prova o testemunho das mulheres, uma vez que ninguém daria créditos?! Eles deveriam ter usado o testemunho de homens como os primeiros a propagar a mensagem da ressurreição de Jesus.

Entretanto, para comprovar que os Evangelhos não foram adulterados, nem tampouco houve qualquer interferência humana no testemunho da ressurreição, cada autor dos Evangelhos fez questão de registrar, historicamente, que as mulheres foram as primeiras a testemunharem da ressurreição de Cristo, porque foi exatamente assim que aconteceu. A ressurreição de Jesus foi verdadeira!

Os Soldados Romanos

Muitos judeus já sabiam a respeito da doutrina da ressurreição e da promessa de Jesus que ressuscitaria ao terceiro dia. Esses líderes judaicos temiam que os discípulos de Jesus viessem a noite e roubassem o corpo para dizerem que ele havia ressuscitado, o que levaria a ele ter ainda mais seguidores.

Portanto, os líderes judeus pediram a Pilatos que colocasse soldados e guardassem a tumba. Nessa tarefa, colocaram uma enorme e pesada pedra para evitar que o corpo fosse alcançado, juntamente com soldados romanos para vigiarem o local (veja Mateus 28:1-11, principalmente versículos 11 a 15). Mesmo com toda essa proteção, no terceiro dia o corpo não estava mais na tumba e os judeus criaram mentiras para tentarem ocultar a ressurreição comprovada de Jesus!

Há testemunhas oculares de Jesus ressuscitado

A Bíblia fala de 15 aparições diferentes de Jesus depois de sua ressurreição.

Há uma teoria que nega a ressurreição, dizendo que os discípulos tiveram alucinações, tendo entrado em estado de choque.

Porém, é preciso analisar o seguinte:

– Alucinações são como sonhos, e ninguém sonha a mesma coisa.

– Pode ser que todos os discípulos tenham sofrido com alucinações, mas não ao mesmo tempo e com a mesma coisa!

– A Bíblia afim que 500 pessoas viram Cristo ressuscitado (veja 1 Coríntios 15:6).

Seria possível então que, além dos discípulos, quinhentas outras pessoas sofreram alucinações ao mesmo tempo e vendo a mesma coisa? IMPOSSÍVEL!

Os discípulos arriscaram suas vidas

Outra forte evidência da ressurreição de Cristo é a coragem e valentia demonstrada pelos discípulos, ao arriscarem suas vidas continuamente para levar adiante as boas novas da salvação. Eles viveriam como viveram e morreriam como morreram por uma mentira?

De forma alguma! Eles estavam dispostos a dar suas vidas, pois não podiam negar algo que haviam visto.

Ninguém estaria disposto a morrer por algo que não crê! Os discípulos estavam dispostos a morrer por Cristo pois sabiam, por testemunho ocular, que o que afirmavam era a mais lúcida VERDADE.

Análise histórico-legal do relato da ressurreição

Lionel Lockhood é um advogado penal na Inglaterra. Ele tem um recorde registrado no Guiness Book de mais casos penais ganhados consecutivamente na História, sem perder nenhum, initerruptamente. São 287 casos. Esse advogado não cria na ressurreição, todavia começou a analisar os quatro Evangelhos para ver o caso de Jesus. Ele aplicou o mesmo método histórico legal que aplicava a todos os casos penais (pois o caso de Jesus foi penal). Ele fez isso sem acreditar na ressurreição.

Veja qual foi o resultado de sua análise:

“Eu afirmo, sem medo de equivocar-me, que a evidência da ressurreição de Jesus Cristo é tão esmagadora que nos empurra a aceitá-la devido às provas, as quais não deixam possibilidade alguma para a dúvida”.

Conclusão

A Igreja de hoje erra não colocando Cristo e seu ensino no devido lugar. Hoje o ensino sobre o Espírito Santo ocupa mais importância na Igreja do que o ensino de Cristo, porém não é essa a vontade revelada de Deus nas Escrituras:

Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.

João 16:13-14

Desta maneira, tudo deve apontar para Cristo, assim como o próprio Espírito Santo veio para conduzir os homens à pessoa e obra de Jesus Cristo. Todo o Velho Testamento todo aponta para ele. Ele é o centro da mensagem do Novo Testamento. No final de todas as coisas, Ele estará reinando glorificado! A Cristo seja a glória!

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Paulo Junior

Pastor Fundador Igreja Aliança do Calvário

Paulo Junior é pastor, escritor e conferencista. É pastor titular da Igreja Aliança do Calvário, localizada em Franca, estado de São Paulo.  É fundador e presidente da Sociedade Missionária Defesa do Evangelho, que tem como objetivo dar suporte a missões no Brasil, África e Europa, editar e publicar livros, cursos e material online.