Jose: Um exemplo de paciência no sofrimento

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Após repetidamente ordenar para que seus leitores sejam pacientes no sofrimento (Tiago 5.8-9), Tiago aponta para os profetas e Jó como exemplos para nós hoje: “Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do SenhorEis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso”.(Tiago 5:10,11).

José recebia e interpretava sonhos da parte de Deus, isso o marcou como profeta. Então, ao percebermos  o resumo de sua vida em Gênesis 37-50, consideremos seu sofrimento e paciência, permanecendo firme no propósito do Senhor, e experimentando a Sua Compaixão, Misericórdia, e benção em tempo oportuno.

Sofrimento e Paciência

Quando José tinha “dezessete anos de idade” (Gen 37.2), ele foi levado cativo por seus irmãos e foi vendido aos midianitas que o venderam a Potifar, um oficial de Faraó, no Egito como escravo (Gen 37.24,28,36). Esse sofrimento era apenas o começo de treze anos de provação e aflição que terminaria quando tivesse 30 anos, quando Faraó o escolheu para governar a terra. (cf. Gênesis 41.46).

“Depois de algum tempo” na casa de Potifar, a esposa de Potifar tentou seduzir a José (Genesis 39.7). Quando ele fugiu de suas malícias, ela falsamente o acusou de ter feito o mesmo, como consequência, ele foi injustamente lançado na prisão (Genesis 39.17-20). Entretanto, uma vez que Deus o havia abençoado com um favor na casa de Potifar (Gênesis 39.1-6), o Senhor lhe concedeu igual favor na prisão.

“Algum tempo depois disso”, José interpretou os sonhos de seus companheiros prisioneiros, o  copeiro e o padeiro de Faraó (Gênesis 40.1; cf. 40.5-22). O padeiro foi enforcado e o copeiro poupado. “Contudo, o copeiro-chefe não se lembrou de José, mas esqueceu-se dele” por “dois anos inteiros” (Gênesis 40.23–41.1). Os treze anos de sofrimento e paciência de José logo chegariam ao fim.

Compaixão, Misericórdia e Benção

Nós já vimos a compaixão, misericórdia e a benção de Deus em meio ao sofrimento de José (Cf. Genesis 39.1-6, 21-23). Agora vejamos novamente como seu sofrimento e paciência chegam ao fim.

Agora “aos trinta anos de idade” (Gênesis 41.46), José interpretou os sonhos de Faraó como um advento de abundancia e fome, resultando em sua promoção como Governador do Egito tendo apenas Faraó como superior (Gênesis 41.14,44). José se casou e teve dois filhos, os nomes deles indicavam o fim dos tempos de provação e o inicio de um tempo frutífero (Gênesis 41.50-42).

Ele abençoou o Egito ao estocar suprimentos em “sete anos de abundancia” e usufruir disso nos tempos de fome (Gênesis 41.53,57). Nos próximos “dois anos” (Gênesis 45.6), José também proveu para sua família, revelando sua identidade no final (Gênesis 42-44). Embora ele tenha sido mandado ao Egito por seus perversos irmãos e mercadores midianitas, José olhou para trás e percebeu a providência de Deus: “Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento”. (Gênesis 45:7)

José se reuniu com o seu pai Jacó que ele não via há vinte e dois anos, e eles viveram juntos no Egito por dezessete anos (Gênesis 46.29, 47.28). Ele recebeu a benção de seu pai (Gênesis 49.22-26), e ele perdoou completamente os seus irmãos (Gênesis 50.15-21). José ecoou para eles o refrão de sua vida: “Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. (Gênesis 50:20). José viveu por mais vinte e quatro anos e morreu com 110 (Gênesis 50.26). Os seus anos de compaixão, misericórdia e bênção foram mais do que os de sofrimento e paciência.

Lições para nós hoje

Deus nos faz passar por sofrimentos enquanto enfrentamos várias provações de tempos em tempos. Quando Ele o fizer, devemos ser pacientes para permitir que Ele cumpra quaisquer que sejam Seus propósitos, quer conheçamos esses propósitos em parte, por completo ou não conheçamos. Se formos pacientes, Deus mostrará compaixão, misericórdia e bênção – talvez nesta vida, e certamente para sempre no futuro. Que Deus nos ajude a perseverar como José sempre que o sofrimento aparecer em nosso caminho.

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David Huffstutler | Brasil

David pastoreia a Primeira Igreja Batista em Rockford, IL, e ensina como professor adjunto na Bob Jones University. David é PhD em Teologia Aplicada pelo Southeastern Baptist Theological Seminary (Seminário Teológico Batista do Sudeste). Sua ênfase em liderança cristã trouxe grandes contribuições para a teologia pastoral e prática.