A Verdade Sobre a Teologia de Martin Luther King

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Na aula de História nos ensinavam por livros didáticos e havia o risco de ser exposto e influenciado pela história revisionista. Embora ainda abracem a abordagem revisionista nos dias de hoje, não se consegue fazer o mesmo com figuras contemporâneas por causa da rápida e generalizada disseminação de informação. Ao contrário dos acontecimentos históricos sobre indivíduos importantes, os acontecimentos atuais são menos suscetíveis à manipulação.

Pode-se observar um exemplo disto comparando a luta histórica pelos direitos civis com a busca contemporânea pela justiça social. O atual movimento de justiça social, liderado por “mulheres” (feministas negras), marxistas militantes e doutrinados tem sido alvo de avaliação por priorizar à autopromoção e à riqueza pessoal em detrimento do bem-estar dos negros que são o rosto da sua causa.

À medida que a sua mensagem expande, a sua influência diminui por serem expostos. Hoje, porém, figuras históricas como Martin Luther King Jr. são estimadas com uma reverência quase divina, embora muitos tenham esquecido ou nunca tenham compreendido verdadeiramente os princípios que ele defendeu.

A narrativa histórica revisionista está impregnada na figura de Martin Luther King Junior. Ela é tão sútil que poucos estão conscientes da sua rejeição das crenças cristãs ortodoxas básicas. Embora King tenha usado habilmente a retórica cristã para defender os direitos civis, ele também abraçou de todo o coração as contraditórias ideias heterodoxas do evangelho social.

Luther King negava a divindade de Cristo, Nascimento Virginal e a Ressurreição

Nascido em 15 de janeiro de 1929, em Atlanta, Geórgia, Martin Luther King Jr. inicialmente tinha o nome de nascimento Michael King Jr. Seus pais, Michael e Alberta King, mais tarde decidiram mudar seus nomes para Martin Luther após uma viagem em 1934, na oportunidade, visitaram os países dos reformadores. A alteração de seu nome buscava homenagear essa figura histórica (Lutero) e acrescentou uma camada profunda de significado à identidade de Martin Luther King Jr.

King, um notável orador e defensor da comunidade negra, via o púlpito como uma plataforma para promover a sua causa, porém ele rejeitava os princípios fundamentais do Cristianismo.

Ao se formar no Morehouse College, aos 19 anos, Martin entrou no Seminário por influencia de seu pai. Durante seu tempo no Seminário Teológico Crozer e na Universidade de Boston, King iniciou seus estudos de doutorado em teologia sistemática e abraçou a teologia liberal, defendendo várias posições cristãs heterodoxas.

Em seu artigo sobre a humanidade e a divindade de Jesus, King escreveu:

“A tentativa ortodoxa de explicar a divindade de Jesus em termos de uma substância metafísica inerente dentro dele parece-me bastante inadequada. Dizer que Cristo é divino em um sentido ontológico é, na verdade, prejudicial… De modo que a visão ortodoxa da divindade de Cristo é, na minha opinião, facilmente descartada.”

No coração da fé cristã reside a crença na divindade de Cristo. Qualquer desvio desta doutrina fundamental seria considerado heresia. Por causa da negação de King da divindade de Cristo, não é surpreendente que ele também rejeitasse o conceito de ressurreição.

No que se refere à ressurreição corporal de Cristo, King escreve:

“Esta doutrina (a ressurreição), sobre a qual permanece a fé pascal, simboliza a convicção cristã: que Cristo venceu a morte. Do ponto de vista literário, histórico e filosófico, esta doutrina levanta muitas questões. Na verdade, a evidência externa da autenticidade desta doutrina é insuficiente.”

King não acreditava na divindade de Cristo ou em sua ressurreição dos mortos. Além disso, ele também rejeitou as doutrinas do nascimento virginal, da segunda vinda de Cristo e da existência de um inferno literal.

Portanto, Martin Luther King nega a divindade de Cristo e não pode ser considerado um cristão.

É interessante considerar como o perfil de King se encaixa no conselho do apóstolo Paulo quando, na sua carta à igreja em Corinto, transmite a sua admoestação:

Agora, se é proclamado que Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns de vocês dizer que não há ressurreição dos mortos? Mas se não há ressurreição dos mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é vã, e a sua fé é vã. (1 Coríntios 15:12–14)

Dado o afastamento de King da fé cristã ortodoxa, como é que ele conseguiu o papel de pregador dentro da igreja negra?

Embora não se possa afirmar que Martin Luther King Jr. seguiu carreira no ministério para obter ganhos financeiros, é importante notar que vários de seus seguidores, como Jesse Jackson e Al Sharpton, utilizaram seu legado para benefício pessoal. No entanto, é evidente que King, um notável orador e defensor da comunidade negra, via o púlpito como uma plataforma para fazer avançar a sua causa, embora rejeitasse os princípios fundamentais do Cristianismo.

Obviamente, Martin Luther King Junior negava a divindade de Cristo e não pode ser considerado um cristão. A questão mais pertinente a ser colocada é: “Quais eram as crenças de King?” A abordagem desta questão exige uma exploração da base ideológica de King na busca pelos direitos civis.

O Evangelho Social

Determinar o que Martin Luther King acreditava não é uma tarefa difícil. Como escritor e orador eloquente, ele deixou uma riqueza de pistas e evidências que esclarecem suas convicções. Em uma carta à sua futura esposa, Coretta Scott King, Martin explicou o evangelho que pretendia pregar ao Mundo quando escreveu:

“Continuemos a ter esperança, a trabalhar e orar para que no futuro vivamos para ver um Mundo sem guerra, uma melhor distribuição da riqueza e uma irmandade que transcende raça ou cor. Este é o evangelho que pregarei ao Mundo.”

É digno de nota que o evangelho de King não é o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo em sua carta à igreja de Corinto:

Porque vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, que foi sepultado e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (1 Coríntios 15:3–4)

A ausência de qualquer referência à vida, morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo para o perdão dos pecados mostra porque ele a omitida. É importante notar que o trabalho de King pelos direitos civis foi influenciado pelo Evangelho social de Walter Rauschenbusch, que moldou a sua concepção e abordagem.

Walter Rauschenbusch foi um pastor germano-americano em Hell’s Kitchen, Nova York, durante o final do século XIX e início do século XX. Ele testemunhou as dificuldades dos imigrantes, dos pobres e dos negros. Ele pensou que elas precisavam de um “evangelho” ou “teologia” que os salvasse dos seus problemas atuais. Conhecido como o “pai do evangelho social”, Rauschenbusch postulou que Jesus veio, não para salvar os pecadores, mas para salvar a sociedade, e que qualquer evangelho que salvasse os pecadores fora da sociedade não era Evangelho.

Em seu livro Cristianismo e Crise Social, Rauschebusch escreve: “Em alguns anos, todos os nossos corações inquietos e irados ficarão quietos na morte, mas aqueles que vierem depois de nós viverão no mundo que nossos pecados arruinaram ou que nosso amor redimiu.”

Rauschenbusch acreditava que suas modificações no evangelho deixariam uma marca duradoura na sociedade. King ficou realmente apaixonado por este “evangelho”:

“Passei muito tempo lendo as obras dos grandes filósofos sociais. Cheguei cedo ao ‘Cristianismo e à Crise Social’, de Walter Rauschenbusch, que deixou uma marca indelével no meu pensamento, dando-me uma base teológica para a preocupação social que já tinha crescido em mim como resultado das minhas primeiras experiências.”

King inspirou-se em figuras influentes de várias religiões, como Mahatma Gandhi, um líder hindu conhecido por sua abordagem não violenta, e Thich Nhat Hanh, um monge zen-budista. No entanto, entre todos, Walter Raushchenbusch desempenhou o papel mais significativo na formação das ideias de King.

A Verdade é Relevante

Os escritos, sermões e discursos de Martin Luther revelam uma rejeição dos princípios da Ortodoxia Cristã tradicional. Desde a sua aceitação do evangelho social de Walter Rauschenbusch até às suas perspectivas pouco ortodoxas sobre o Cristianismo, torna-se claro que as crenças de King divergiam da tradição cristã histórica. No entanto, a história revisionista escondeu a verdade da maioria dos seus admiradores contemporâneos. Se você se atrever a mencionar essas ideias, provavelmente será recebido com ceticismo e indignação, e será considerado um mentiroso.

Muitos procuram respostas que validem as suas noções preconcebidas, esperando que King possa ter abandonado estas crenças erróneas e abraçado a fé cristã tradicional mais adiante. Todas as evidências, incluindo sermões e escritos, afirmam consistentemente a perspectiva original de King sobre estas doutrinas. Entretanto, é inevitável que alguns indivíduos se recusem a reconhecer os fatos. As contribuições de Luther King pela luta dos direitos civis não podem ser desconsideradas. Ainda assim, o seu legado abrange aspectos que divergem da ortodoxia cristã. É imperativo que os historiadores revisionistas não ofusquem a verdade.

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Virgil Walker (Brasil)

Virgil L. Walker é o Diretor Executivo de Operações do Ministério G3, autor e conferencista. Ele é o co-apresentador do Just Thinking Podcast. Virgil é apaixonado por ensinar, fazer discípulos e compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo. Virgil e sua esposa Tomeka estão casados ​​há 26 anos e têm três filhos.