Você da prioridade ao ajuntamento, culto de adoração e comunhão da igreja local? Se você não prioriza, isso pode ser um indicador de que você não anda bem espiritualmente. A falta de compromisso com sua igreja local pode ser um indicativo de orgulho, preguiça, relaxo e uma recusa em se submeter ao discipulado bíblico adequado e prestação de contas. Uma vez que Jesus deu sua vida pela igreja, sabemos o que Deus pensa sobre ela. Portanto, devemos priorizar a reunião regular e a comunidade fraterna da igreja local.
Identificando os problemas
Durante o aumento da controvérsia da COVID-19, o ajuntamento regular foi comprometido devido aos exageros governamentais e o medo dos membros de igreja. Para deixar claro, muitos cristãos cederam ao medo de doenças, enfermidades e morte, o que os levou a sacrificar seu compromisso com a igreja local em busca de segurança. Em resumo, sua busca por segurança os levou a um grande perigo espiritual. Uma obsessão com o bem-estar resultará em declínio espiritual se uma pessoa for levada a acreditar que o bem-estar físico exige a negligência intencional da igreja local. Este é um problema sério que deve ser abordado.
Em alguns casos, não é o medo de ficar doente que detém o comprometimento adequado com a igreja local, é na verdade o orgulho. Alguns cristãos professos acreditam que eles são fortes o suficiente, espirituais o suficiente, ou vivem de uma maneira especial onde não existe a necessidade da igreja local. Eles percorrem a vida priorizando negócios, política, e outros tipos de compromissos que trazem pouca ênfase na igreja local. Esse é um erro grave que trará consequências eternas.
Em ambos os casos, tanto de medo, como de orgulho, o cristão professo desenvolve uma opinião elevada a respeito de sua condição espiritual que resulta em uma negligência para com a igreja local e os meios ordinários de graça. Isso resultará em um declínio espiritual que não terminará bem.
Ao invés de honrar a Deus, a pessoa aprisionada pelo medo de ficar doente negligencia os claros mandamentos de se ajuntar a igreja local por conta de seu desejo de buscar a saúde física em detrimento de zelar pela sua saúde espiritual. A pessoa enganada pelo orgulho carece de autoconsciência em um nível espiritual, resultando em um maior compromisso com outras áreas da vida, enquanto negligencia a assembleia corporativa da igreja local e a reunião de adoração dos santos.
Por que nos devemos priorizar a igreja local?
Nós fomos chamados para priorizar a igreja local. Não existe categoria bíblica para um cristão fiel que negligencia ou permanece desconectado da igreja local. De fato, as Escrituras apontam para a realidade de que essas pessoas naufragaram da fé e que não devem ser recebidas como cristãos. Considere as palavras de João, o Apóstolo em I João.
1 João 2:18,19 – Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora.
Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
Em toda a Escritura, nós percebemos a responsabilidade dos membros da igreja para uns com os outros. Em Hebreus 10.24-25, a Bíblia aponta para a responsabilidade de “encorajarmos” uns aos outros ao amor e boas obras. Isso é praticamente impossível quando a reunião da igreja local é negligenciada. Os dons de um cristão solitário são inoperantes na vida da igreja quando a igreja local não é uma prioridade. Isso prejudica tanto o cristão individual quanto a igreja local como um todo, porque cada parte do corpo é importante (veja I Coríntios 12).
Quando os cristãos se privam do ajuntamento local da igreja, eles também se privam da supervisão de pastores que são chamados para pastorear a sua alma. Pastores são presentes de Deus a Igreja para o propósito espiritual de nutrição e proteção (Ef 4 e Hb 13.17). Essa condição, a menos que seja cuidadosamente feita pelos pastores, pode levar uma pessoa vulnerável ao declínio espiritual e serem também enganadas por lobos se vestem como ovelhas por intermédio da internet, radio, e televisão (Atos 20.29-30).
Somente se você não for membro legitimamente limitado em sua casa e impedido de se reunir com a igreja local devido a sérias complicações de saúde, você deve resistir ao desejo ou à tentação de se separar da igreja local. Considere as seguintes perguntas ao avaliar sua condição espiritual:
- Minha separação da igreja local é por uma condição obrigatória ou é voluntária?
- Minha separação da igreja local é baseada em limitações físicas ou algum outro fator?
- Minha separação da igreja local é baseada em um compromisso exagerado com o trabalho que inverteu as prioridades da minha vida?
- Minha separação da igreja local é baseada em um compromisso exagerado com conferências cristãs, eventos políticos, e outras coisas boas que podem se provar benéficas?
- Minha separação da igreja local é baseada em preguiça que me detém de priorizar o ajuntamento da igreja, bem como as reuniões de adoração e comunhão?
- Minha separação da igreja é dirigida por uma obsessão exagerada de evitar ficar doente que me levou a uma espécie de fobia da assembleia da igreja?
- Minha separação da igreja local é porque o salão da minha igreja é distante? Se sim, por que eu escolhi morar longe da igreja local?
- Minha separação da igreja local é resultado de uma opinião elevada sobre mim mesmo que me levou a acreditar que sou forte o suficiente ou espiritual o suficiente para não precisar da igreja local tanto quanto outros precisam?
- Minha separação da igreja local é baseada em uma definição inadequada da igreja e da funcionalidade dos dons dentro do corpo de Cristo?
- Minha separação da igreja local é baseada em egoísmo porque o culto da igreja não atende às minhas expectativas pessoais?
Quando você investir em um tempo para examinar a si mesmo e as suas motivações no que se refere ao seu compromisso com a igreja local, considere o fato de que é impossível amar a Jesus Cristo e negligenciar a sua igreja. Voddie Baucham ilustrou muito bem essa verdade: “Se você não ama a Igreja, você não ama a Jesus”.
Na Confissão de Fé Batista de Londres de 1689, no capítulo 26, “Da Igreja”, encontramos estas palavras no parágrafo 6:
Os membros dessas igrejas são santos por chamamento, manifestando visivelmente e evidenciando a sua obediência ao chamado de Cristo, 12 tanto por confessarem a Cristo, como, também, pelo seu modo de vida. Os chamados consentem voluntariamente em ter comunhão uns com os outros, de acordo com o mandato de Cristo; e, por vontade de Deus, entregam-se uns aos outros e ao Senhor, submetendo-se às ordenanças do evangelho. (Rm 1.7, I Co, 1.2, At 2.41-42, 5.13-14, II Co 9.13)
Consideremos os alegres privilégios e as sérias responsabilidades da membresia da igreja pactual, que exige que compartilhemos a vida juntos, nos submetendo uns aos outros, obedecendo aos líderes, adorando coletivamente, estimulando uns aos outros a boas obras e crescendo na graça de Deus por meio dos meios comuns de graça. Membresia de Igreja não é uma opção à ser considerada.
É uma prioridade ordenada para a vida do cristão. Não existe esse negócio de cristão solitário. A igreja é a vontade de Deus para a vida de cada cristão.